Descobrir o que fazer em Londres não é nada muito complicado, afinal a capital da Inglaterra é um dos melhores destinos para quem gosta de cultura, história e gastronomia variada.
Todos os anos Londres recebe milhares de turistas brasileiros em busca de suas atrações mais famosas.
O que pouca gente sabe é que Londres é bem mais que o Big Ben, o Palácio de Buckingham ou o Hyde Park.
A cidade possui diversas experiências pouco exploradas, mas que representam o mais genuíno estilo inglês de viver.
Selecionei 8 dos meus passeios favoritos e fora do comum do o que fazer em Londres por um novo olhar. Tem de tudo: do cyberpunk ao estilo vitoriano.
O que fazer em Londres:
Experimente a influência oriental em Londres no Holland Park
Menor, menos famoso e menos visitado que o célebre Hyde Park, o Holland Park fica no bairro de Kensington & Chelsea, entre casas vitorianas preservadas e restaurantes disputados.
Com apenas 22 hectares de área, o parque ocupa a região do que foi uma grande propriedade particular.
Atualmente suas alamedas arborizadas reúnem diversos animais nativos e um
clima bucólico.
Aqui temos a sensação de que Londres parou no tempo.
O parque conta com dois monumentos dedicados à cultura oriental: o Kyoto Garden, um pequeno e elegante jardim japonês, e o Fukushima Memorial Garden, que como o nome já diz, foi criado em homenagem às vítimas do terremoto de 2011.
Há ainda uma casa de show sazonais, o Opera Holland, construída nas ruinas
do que foi uma mansão destruída durante a Segunda Guerra.
No verão o palco é ocupado por espetáculos tradicionais de ópera. Mas a grande atração do parque são os pavões.
No século XIX eles eram trazidos da Índia para ornamentar os principais jardins da cidade.
O Holland Park é um dos poucos que ainda criam essas aves.
Aqui você terá a chance de vê-los de pertinho, cruzando os caminhos de pedra ou correndo entre os pavimentos floridos.
Não deixe também de conferir os painéis criados pelo artista Mao Wen Biao que decoram as dependências do parque.
Dica: aproveite a visita ao Holland Park e conheça o Museu do Design, que fica pertinho dali. Este é um dos museus mais inovadores da cidade, que conta a história de diversos estilos e movimentos do design mundial.
Assista um pocket show na casa mais tradicional da cidade, a Wilton’s Music Hall
Se você quer experimentar o mais tradicional espírito boêmio britânico este é o lugar.
Palco estilo vitoriano, pianos empoeirados, corredores apertados, mesas cheias e boa música são marcas registradas desta casa de espetáculos há pelo menos 160 anos!
Localizado na badalada Graces Alley, o prédio original foi erguido em 1690.
A casa de shows, considerada a mais tradicional de Londres e a mais antiga em funcionamento no mundo, foi aberta em 1859. Desde então nunca fechou as portas.
Não se deixe levar pela fachada simples e pelo interior com decoração rústica e seus tijolos aparentes. A casa só abre espaço para artistas de qualidade.
Na época vitoriana este pub com palco para pequenos shows lançou as principais tendências musicais da Europa. Reza a lenda que o cancan francês nasceu aqui.
Atualmente a casa recebe diversos tipos de shows, do jazz até pequenas peças teatrais.
Após uma recente restauração a casa passou a contar com dois bares onde dá para tomar o melhor gim da cidade.
Viaje para os romances de Arthut Connan Doyle no museu Sherlock Holmes
“Elementar, meu caro Watson”. Nada pode ser mais inglês que a sagacidade
do detetive mais amado da literatura mundial.
No famoso endereço 221B, Baker Street – endereço citado nos livros de Doyle – fica o museu dedicado ao personagem que desvendou os maiores segredos e crimes de Londres.
O museu dispõe diversos itens que recriam as cenas mais famosas dos livros.
Os móveis e decoração também forma pensados para aproximar o visitante ao mundo de Conan Doyle.
Há guias vestidos a caráter e especializados em toda a obra do autor, o que faz o passeio ficar ainda mais interessante.
Dica: ao lado do museu fica uma charmosa e pitoresca loja de souvenires com absolutamente tudo sobre Sherlock Holmes, tão interessante quanto o próprio museu.
Descubra-se num cenário futurista no God’s Own Junkyard
Bem longe do glamour do centro, no pacato bairro operário de Walthamstow,
fica este misto de instalação artística, café, loja e coleção particular.
A ideia dos criadores é bastante original: reunir a maior coleção europeia de
placas de neon.
O passeio pelo lugar é um banquete para os olhos. Das paredes até o teto, tudo brilha como numa mistura de Time Square e os bairros tradicionais de Tóquio.
É possível comprar algumas peças e levar para casa a placa com o seu tema favorito.
Simplesmente não existe outro lugar em Londres para fazer aquela foto cheia de cores estilo ‘Blade Runner’.
A ideia de criar uma grande galeria de neon veio com o designer Chris Bracey, famoso por criar artes para diversos diretores como Stanley Kubrick, Tim Burton e Christopher Nolan.
Dá para conhecer mais sobre esse trabalho incrível através do Instagram deles
A casa conta ainda com um charmoso café, com cardápio bem variado.
Mas fique atento: os horários de visitação são apenas as sextas e sábados das 11 às 21h e domingos das 11 às 18h.
Dica: não muito longe do God’s Own Junkyard fica a conhecida The Ancient House, uma das casas mais antigas de Londres, remanescente do século XV.
A casa faz parte de um conjunto arquitetônico que vem sendo restaurado e transformado em corredor cultural, com diversos bares e pubs.
Sinta-se um detetive ou membro de uma sociedade secreta nos pubs ocultos de Londres
A primeira coisa que acontece quando descobrimos um novo bar é contar para os amigos, certo?
Para alguns dos melhores pubs de Londres é justamente o contrário. A moda dos secrets pubs é uma das coisas mais tipicamente londrinas.
A ideia é que apenas os clientes certos descubram determinados lugares.
Tomar um drinque num desses endereços será como seguir uma pista. Alguns bares possuem clima enigmático, cheios de charadas e códigos.
Clientes que desvendam os mistérios ganham drinques e outros mimos.
O Evans & Peel, no Chelsea, funciona como uma agência de detetives.
Decoração noir, jazz clássico e luz baixa garantem o clima de filme da décadade 40.
Tem até um detetive investigando um caso de mesa em mesa.
Já o The Luggage Room, em Mayfair, é especializado no clima dos anos 20.
Conhecido pelos drinques impecáveis, fica nos fundos de um hotel, num antigo depósito de bagagens (daí o nome). Pouca gente encontra a porta de entrada e a ideia é justamente essa.
Outro point para quem quer conhecer lugares ultrassecretos é o The Mayor of Scaredy Cat Town, em Spitalfields.
Para acessar este pub você deve cruzar uma passagem secreta atrás de uma geladeira.
Seja transportado para a Londres de 1724 na Dennis Severs’ House
No número 18 da Folgate Street fica uma das atrações mais estranhas, imersivas e originais do o que fazer em Londres.
A Dennis Severs’ House é uma mistura de museu, experiência teatral e galeria de arte única no mundo.
Os 10 cômodos desta construção, datada de 1724, foram decorados para recriar nos mínimos detalhes como era a vida em Londres entre os anos de 1724 e 1914.
O visitante irá encontrar detalhes impressionantes como uma mesa posta com
alimentos reais, uma lareira acesa, cama desfeita e objetos soltos pelo cenário como se os moradores tivessem acabado de sair.
A proposta é que você experimente sensações, sons e cheiros capazes de transportar qualquer um para séculos atrás.
O criador do museu montou cada sala, peça a peça, ao longo de 30 anos.
Sua ideia era pintar, com objetos originais, a atmosfera passada da cidade e todos os seus hábitos, cultura e intimidade.
O resultado é uma imersão total numa outra época. Será o mais perto que você viverá de viajar no tempo.
Dica: este não é o tipo de atração ideal para crianças, pois todo o passeio deve ser feito em completo silêncio.
Visite uma incrível ruína dos bombardeios da 2ª Guerra Mundial no Saint Dunstan East Church Garden
Praticamente ao lado da London Bridge ficam essas ruínas de uma igreja do século XII destruída durante a Segunda Guerra.
Durante a Blitz alemã, série de ataques aéreos que arrasaram Londres, apenas a torre central e parte da nave do tempo ficaram de pé.
O restante da igreja, incluindo diversas obras de arte, foram completamente destruídos.
Apesar de ficar bem no coração da cidade, a torre monumental não é vista com facilidade por se encontrar em meio aos prédios modernos da área comercial.
Quem descobre essa pequena joia pode conhecer mais sobre os duros golpes que a cidade sofreu durante a guerra.
As ruínas são testemunho da história de Londres e de como o seu povo reconstruiu seus monumentos.
O lugar permaneceu abandonado até a década de 70, quando a prefeitura resolveu transformar o que sobrou do prédio num pequeno jardim público.
O resultado é encantador. Entre os pilares góticos crescem diversos tipos de plantas.
O que foi um dia um conjunto de paredes queimadas hoje possui arbustos, bancos para contemplação e uma fonte.
Sinta o espírito do rock e do folk no 100 Club e no The Spice of Life
Além da famosa Abbey Road, imortalizada pelos Beatles, e do London Rock Walks, beco com vários points do rock, Londres esconde diversos lugares que fazem parte da história da música.
Um dos melhores lugares para ouvir o melhor da cena inglesa e descobrir novas bandas é o 100 Club.
A casa recebe músicos desde 1942 e já serviu de palco para nomes como Louis Armstrong, Sex Pistols, Siouxsie and the Banshees, The Clash, Buzzcocks e Rolling Stones.
Em 2010 o clube passou por diversos problemas gerenciais e ameaçou fechar as portas.
Ninguém menos que Sir Paul McCartney ajudou o local a manter a tradição e o 100 Club passou por uma grande revitalização.
Hoje a casa é ponto obrigatório para as bandas que desejam se tornar hit na Inglaterra e no mundo.
Sabe aquela banda inglesa de indie rock que pouca gente conhece? Ela com certeza já tocou por aqui.
Saindo da Oxford Street até o Soho você irá encontrar outro templo da música na capital inglesa.
O The Spice of Life é mais uma importante casa de shows, mas aqui o tema principal é o folk tradicional inglês.
O prédio histórico é um dos mais bonitos do bairro e já subiram em seu palco artistas como, Paul Simon, Cat Stevens e Bob Dylan.
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